quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Um terço das 30 piores instituições na OAB tem boa nota pelo MEC

Resultados da Ordem e das avaliações oficiais divergem. Para especialistas, fiscalização de cursos deve aumentar. Para o MEC, são suficientes

 

Os índices de aprovação no exame obrigatório para quem quer ser advogado no Brasil mostram que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Ministério da Educação divergem em resultados e percepção sobre a situação dos cursos de Direito no País. Um bom desempenho nas avaliações oficiais não garante muitos bacharéis aprovados no Exame de Ordem. E estar no topo do ranking da OAB não significa pertencer aos melhores avaliados pelo MEC.
- Veja o ranking das faculdades de Direito por índice de aprovação na OAB

Um terço das 30 instituições que não tiveram nenhum bacharel aprovado no último exame, que pode ser extinto pelo Supremo Tribunal Federal e é tema de série de reportagens que o iG publica esta semana, tem desempenho satisfatório para o Ministério da Educação. Nove faculdades ganharam nota 3 no Conceito Preliminar de Curso (que varia de 1 a 5), avaliação que determina a qualidade das graduações.

O curso de Direito da Universidade Paulista (Unip), que teve duas unidades do município de São Paulo sem aprovados, possui CPC 4. A pontuação determina que o curso é bom. Apenas seis têm desempenhos ruins (cinco conceitos 2 e um conceito 1) e 13 não receberam notas na última avaliação do MEC, feita em 2009. Na lista das melhores, também há discrepâncias nas avaliações dos dois órgãos. Quatro das universidades com mais aprovados na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) obtiveram notas ruins na análise de seus cursos pelo MEC.

As piores na OAB na avaliação do MEC

Veja os conceitos das 30 piores instituições no ranking da OAB pelo índice do Ministério da Educação (de 1 a 5)

As discrepâncias – minimizadas pelos dois órgãos, que apontam os objetivos diferentes das duas avaliações para justificá-las – revelam fragilidades de um sistema que cresceu muito nos últimos anos: o ensino superior. A Ordem dos Advogados do Brasil (responsável pela regulação do exercício da advocacia no País), professores, alunos e profissionais da área afirmam que o número de cursos de Direito aumentou de forma desenfreada e a fiscalização da qualidade de ensino realizada pelo MEC é insuficiente. Para o governo, o controle feito atualmente é adequado.

“Abriram cursos demais nos últimos anos. Há muitos empresários interessados no lucro e não na difusão do saber, por isso o Estado precisa aumentar a fiscalização e criar critérios técnicos rigorosos de autorização e avaliação”, opina o presidente da OAB, Ophir Cavalcante. Pelas regras da supervisão de cursos, 16 conselhos profissionais já dão pareceres sobre a abertura de novas graduações. A Ordem dos Advogados é uma delas, mas não tem poder de decisão.

O presidente da OAB afirma que o Ministério da Educação e o Conselho Nacional de Educação “cedem à pressão de empresários” e liberam a abertura de graduações em locais onde há muitas vagas. “Não se pode ceder às pressões políticas. De 33 cursos autorizados pelo MEC, a Ordem deu parecer contrário a 32. O ministério não se utiliza do critério de necessidade social do profissional na região para liberar a oferta do curso”, lamenta.

Luís Fernando Massonetto, secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior, diz que o MEC hoje tem subsídios para regular os cursos e supervisioná-los. Desde 2007, quando um decreto com regras para fiscalização do ensino superior foi publicado, ele diz que os procedimentos vêm sendo aprimorados. Lembra, também, que os critérios utilizados para autorizar um curso superior são: composição do corpo docente, infraestrutura e projeto pedagógico, além da avaliação de especialistas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). “No caso do Direito, o parecer da OAB é um dos fatores considerados, não é o único”, diz o secretário.

“A partir disso, o MEC consolidou os trâmites de um processo complexo e recente que é o da supervisão dos cursos superiores. Esses cursos foram os primeiros a passar por esse processo, mas o objetivo é que a rotina aconteça com todas as graduações”, diz Massonetto.

Para o secretário, o MEC estabeleceu “consequências” às instituições com mau desempenho nas avaliações. Os cursos de Direito, Medicina e Pedagogia foram os primeiros submetidos às novas regras. De acordo com Massonetto, em 2007, 79 cursos assinaram acordos para sanear deficiências e 20 mil vagas foram suspensas, que representavam 45% do total oferecido por essas instituições. Em junho, outras 10.912 vagas de cursos com resultado insatisfatório no CPC foram suspensas. Quatro cursos foram desativados por não-cumprimento do acordo.

Funções distintas

Ophir faz questão de ressaltar que a maior parte das instituições com bons resultados na OAB têm bons conceitos nas avaliações do MEC, apesar das divergências reveladas pelos números. Ele descarta, porém, que o Exame de Ordem possa ser extinto ou substituído pelas provas aplicadas pelo governo federal. “O Enade não é uma prova que afere aptidão técnica. O foco é outro, mas o exame dá um bom panorama sobre o ensino jurídico no País e é uma forma de fiscalização indireta dos cursos”, comenta Ophir Cavalcante, presidente da Ordem.

Massonetto concorda que os objetivos das avaliações são distintos. “O Exame de Ordem lida com a questão da regulação profissional e a competência do Ministério da Educação é a de regulação acadêmica dos cursos superiores”, afirma. Ele admite, no entanto, que elementos como a lista de instituições com nenhum aprovado podem ser usados como subsídio nas avaliações.
Cezar Britto, ex-presidente da OAB, defende que os desempenhos das instituições no Exame de Ordem se tornaram “instrumentos fortes” para que o MEC feche cursos ruins. “As instituições ruins passaram a perder alunos e lucro. O exame está melhorando o ensino jurídico e, quanto mais isso acontecer, mais advogados teremos, o que desmonta a tese de reserva de mercado”, diz. Britto defende que é preciso exigir mais qualidade das faculdades. “Não podemos deixar quem busca ascensão social se tornar mais vítima ainda.”

Divergências

Algumas diferenças nas duas avaliações chamam a atenção. Das 30 universidades com maior proporção de bacharéis aptos para advogar, 18 ganharam conceito 4 no último CPC. Outras sete, porém, tem nota 3 – satisfatória – e quatro obtiveram resultados ruins, como a Universidade Federal de Sergipe (UFS). A instituição lidera o ranking da OAB, mas só alcançou conceito 2 na última avaliação do Ministério da Educação.

As melhores na OAB na avaliação do MEC

Veja os conceitos das 30 melhores instituições no ranking da OAB pelo índice do Ministério da Educação (de 1 a 5)

O chefe de departamento do curso de Direito da UFS, José Anderson Nascimento, diz que a nota baixa é consequência de um boicote dos alunos ao Enade. As Federais do Espírito Santo (UFES) e de Rondônia (Unir) e a Estadual de Feira de Santana (UEFS) também tiveram desempenho ruim. “Houve um complô contra o Enade. Acredito que agora estamos com outra concepção e teremos outro resultado na próxima edição”, afirma Nascimento.

Apesar de o MEC ter assinado termos para saneamento de deficiência com várias instituições que tiveram conceito ruim, a visita dos especialistas do ministério não chegou à UFS ainda, segundo Nascimento. “Há uma perspectiva de sermos avaliados pelo MEC, mas por enquanto não aconteceu nada. A boa classificação na OAB aponta esse contra-senso (com o resultado ruim no Enade)”, diz.

O coordenador do curso de Direito da Faculdade Campo Limpo Paulista (FacCamp), Mauro Cabral, critica o nível de exigência do Exame de Ordem e defende a extinção dele caso não haja mudanças. “A prova não afere mais conhecimentos mínimos para exercer a advocacia. Ela se tornou um concurso público, o que é uma distorção. Está havendo exagero na cobrança e se uma prova existe para reprovar, ela ceifa um direito de exercer uma profissão”, opina.

A FacCamp não aprovou candidatos em dezembro de 2010 (73 fizeram a prova) e, no último exame, dois bacharéis dos 58 inscritos passaram na prova e entraram no ranking preliminar da OAB (sem recursos). A lista só considerou os dados referentes aos candidatos que já concluíram o curso das instituições que tiveram mais de dez inscritos. Além deles, outros 22 estudantes participaram da prova e mais dois passaram. No CPC, o desempenho da instituição também não foi bom: 2.

Cabral ressalta que diferentes aspectos do curso e da instituição pesam nas avaliações do ministério. Mas ele lembra que a motivação dos estudantes é fundamental para garantir bons resultados em qualquer avaliação: são eles que fazem as provas. “Muitos não têm interesse. Nós oferecemos aulas específicas para o Exame de Ordem de graça. Poucos frequentam, infelizmente. Só depois de formados e reprovados no exame é que a ficha cai”, lamenta.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Na manhã, desta segunda, 26.09.11, reuniram-se Secretario de Educação e Sinteal

Em pauta o concurso público, a violência nas escolas,  PASEP, as progressões, profuncionário e reformas em todas as escolas.

Na pauta, o decreto de urgência administrativa publicado na semana passada pelo governador Teotonio Vilela Filho que garantiu a reforma de todas as escolas da rede estadual de ensino.

“Precisamos e vamos continuar mudando a educação e o governo mostrou isso ao trabalhar para reformar todas as escolas. Este decreto dará celeridade às intervenções de forma que até dezembro de 2012 tenhamos todas as nossas unidades de ensino recuperadas”, pontuou Soares.

Foram discutidos também as demandas apresentadas pelo sindicato como o Plano de Cargos e Carreiras dos funcionários da Educação, o andamento de processos, concurso público, a violência nas escolas,  PASEP, as progressões e profuncionário.

Segundo o secretário: “o concurso sai em 2012 e teremos a criação de cargos de gestão para que tenhamos servidores que trabalhem na área administrativa dando celeridade e andamento às ações de suporte e apoio à rede. Temos uma área pedagógica muito boa, mas precisamos reforçar a gestão."

“A postura do secretário nos deixa com esperanças. Ele mostrou-se aberto e disposto a resolver os problemas. Esperamos que isso se traduza em ações, porque de promessas a classe trabalhadora já está cansada”, finalizou Célia.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Marcha Nacional “10 mil pelos 10% do PIB para a Educação”


A Marcha Nacional “10 mil pelos 10% do PIB para a Educação”, que será realizada em Brasília, no dia 26 de outubro, tem o objetivo de pressionar o Congresso Nacional para que, em vez de 7% do PIB, como está no PNE, 10% sejam destinados para a educação.
Neste dia, os participantes se concentrarão em frente ao ginásio Mané Garrincha (que está em reforma para sediar a Copa do Mundo de 2014) e marcharão até o Congresso Nacional, onde acontecerá um grande evento. A CNTE pretende, também no dia 26 de outubro, entregar aos parlamentares cem mil cartões com as assinaturas coletadas em todo o país pedindo os 10% do PIB para a educação.

No gramado em frente ao Congresso Nacional estarão expostos desenhos feitos por estudantes de escolas públicas sobre o Piso e Carreira que começaram a ser coletados após a aula cidadã, no dia 16 de setembro. “A intenção é coletarmos o maior número de desenhos possível sobre o tema Piso e Carreira para que possamos estendê-los em um varal que será colocado em frente ao Congresso Nacional no dia da Marcha”, explicou o presidente da CNTE, Roberto Leão.
Em Brasília, todos os estudantes poderão acompanhar a Marcha. Os outros estados escolherão o autor do melhor trabalho inscrito, que terá a oportunidade de participar da Marcha Nacional. (CNTE, 22/09/11)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Petrobras descobre óleo e gás na Bacia de Sergipe-Alagoas

Poço está a 58 km da costa do Sergipe e a 90 km de Aracaju.
É o 1º projeto exploratório em águas ultraprofundas na parte sergipana.

 

A Petrobras informou nesta quarta-feira (21) que detectou a presença de óleo e gás em águas ultraprofundas, a cerca de 5.000 metros sob a superfície do mar, na Bacia de Sergipe-Alagoas. A confirmação veio após conclusão de testes na área de concessão BMSEAL-11, localizada no bloco Seal-M-426. É o primeiro projeto exploratório em águas ultraprofundas na parte sergipana desta bacia, diz a empresa.
O poço, chamado 1-BRSA-851-SES (1-SES-158) e conhecido informalmente como Barra, está localizado em uma lâmina d'água de 2.311 metros, a 58 quilômetros da costa do Sergipe e a 90 quilômetros de Aracaju. "As informações até agora obtidas são suficientes para confirmar a descoberta de uma nova província petrolífera na Bacia de Sergipe-Alagoas", informa a empresa, em comunicado ao mercado.
Segundo a estatal, a comprovação da descoberta ocorreu por meio de perfilagem (registros de características de uma formação) e amostragem (líquidos e gases) de fluido. "Foram confirmadas excelentes condições permoporosas dos reservatórios em profundidade de cerca de 5.050 e 5.400 metros", afirma o comunicado.
O consórcio para exploração do bloco SEAL-M-426, operado pela Petrobras (60%), em parceria com a IBV-BRASIL (40%), dará continuidade ao Programa Exploratório Mínimo, acordado com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A empresa informa ainda que a ANP aprovou a proposta de plano de avaliação enviada pelo consórcio, com objetivo de delimitar a acumulação descoberta.

 

sábado, 3 de setembro de 2011

Tribo da Amazônia utiliza MacBook Air para denunciar exploração da mata

A tribo Surui é ajudada pelo Google na criação do chamado "mapa cultural". Fotos de desmatamentos são postadas pelos próprios índios


Ao visitar a floresta amazônica, diversas paisagens chamarão a sua atenção. Mas a de um índio mexendo em um MacBook Air é, certamente, a mais curiosa. O Cacique Almir, da tribo Surui, usa a tecnologia para ajudar a proteger a Amazônia da extinção e do desmatamento que abalam o habitat de milhares de animais e plantas.

Mas o mais legal disso tudo é que o Google fechou uma parceria com a tribo para ajudá-los a usar o Youtube, smartphones e o Google Earth para lutar contra a exploração ilegal das suas terras, além de garantir a perpetuação de suas culturas. Com a parceria, a tribo tem as ferramentas essenciais para denunciar o abuso dos recursos naturais da Amazônia.

Segundo o OS X Daily, esse trabalho do Google é feito desde 2007. A empresa vem ajudando a tribo a criar o "mapa cultural", onde os limites territoriais ficam demarcados no Earth. Os Sarui ainda podem tirar fotos das atividades ilegais na floresta e postarem no sistema para que as autoridades tomem conhecimento.

Veja abaixo um vídeo do projeto: 

 

MEC vai distribuir tablets para alunos de escolas públicas em 2012

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O Ministério da Educação (MEC) vai distribuir tablets – computadores pessoais portáteis do tipo prancheta, da espessura de um livro – a escolas públicas a partir do próximo ano. A informação foi divulgada hoje (1) pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, durante palestra a editores de livros escolares, na 15ª Bienal do Livro. O objetivo, segundo o ministro, é universalizar o acesso dos alunos à tecnologia.

Haddad afirmou que o edital para a compra dos equipamentos será publicado ainda este ano. “Nós estamos investindo em conteúdos digitais educacionais. O MEC investiu, só no último período, R$ 70 milhões em produção de conteúdos digitais. Temos portais importantes, como o Portal do Professor e o Portal Domínio Público. São 13 mil objetos educacionais digitais disponíveis, cobrindo quase toda a grade do ensino médio e boa parte do ensino fundamental.”

O ministro disse que o MEC está em processo de transformação. “Precisamos, agora, dar um salto, com os tablets. Mas temos que fazer isso de maneira a fortalecer a indústria, os autores, as editoras, para que não venhamos a sofrer um problema de sustentabilidade, com a questão da pirataria.”
Haddad não soube precisar o volume de tablets que será comprado pelo MEC, mas disse que estaria na casa das “centenas de milhares”. Ele destacou que a iniciativa está sendo executada em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

“O MEC, neste ano, já publica o edital de tablets, com produção local, totalmente desonerado de impostos, com aval do Ministério da Fazenda. A ordem de grandeza do MEC é de centenas de milhares. Em 2012, já haverá uma escala razoável na distribuição de tablets.”
Edição: Lana Cristina



STF publica acórdão sobre piso salarial do magistério

Professor deve ficar 1/3 da carga horária fora da sala de aula

Não há mais desculpas para descumprimento da Lei 11.738

A decisão (acórdão) do Supremo Tribunal Federal, publicada no Diário da Justiça de 24 de agosto de 2011, sobre o julgamento de mérito da ação direta de inconstitucionalidade (ADIn 4.167), torna inconteste qualquer opinião que desafie a constitucionalidade e a aplicação imediata da Lei 11.738 (Piso do Magistério), sobretudo quando observados os esclarecimentos do Tribunal na ementa da decisão, assim dispostos:

1.    Perda parcial do objeto desta ação direta de inconstitucionalidade, na medida em que o cronograma de aplicação escalonada do piso de vencimento dos professores da educação básica se exauriu (arts. 3º e 8º da Lei 11.738/2008).
2.    É constitucional a norma geral que fixou o piso dos professores do ensino médio com base no vencimento, e não na remuneração global. Competência da União para dispor sobre normas gerais relativas ao piso de vencimento dos professores da educação básica, de modo a utilizá-lo como mecanismo de fomento ao sistema educacional e de valorização profissional, e não apenas como instrumento de proteção mínima ao trabalhador.
3.    É constitucional a norma geral que reserva o percentual mínimo de 1/3 da carga horária dos docentes da educação básica para dedicação às atividades extraclasse.

Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. Perda de objeto declarada em relação aos arts. 3º e 8º da Lei 11.738/2008.

Em suma: o acórdão declara a Lei do Piso totalmente constitucional e reforça as orientações da CNTE condizentes à sua correta aplicação, recentemente divulgadas no jornal mural especial sobre o PSPN.

Sobre a possibilidade de, nos próximos cinco dias, algum gestor público interpor embargos de declaração à decisão do STF, alegando possíveis obscuridades, contradições ou omissões no acórdão, a CNTE esclarece que essa ação (muitas vezes protelatória, e única possibilidade de recurso ao julgamento) não suspende a eficácia da decisão. Ou seja: a Lei 11.738 deve ser aplicada imediatamente.

Importante reforçar que, para quem deixar de vincular (no mínimo) o piso nacional aos vencimentos iniciais de carreira, os sindicatos ou qualquer servidor deverão ingressar com Reclamação no STF, bem como denunciar os gestores, descumpridos da Lei, por improbidade administrativa.

Em relação à hora-atividade, a falta de eficácia erga omnes e de efeito vinculante à decisão não dispensa o gestor público de observá-la à luz do parágrafo 4º do art. 2º da Lei 11.738, uma vez que o dispositivo foi considerado constitucional pelo STF. Nestes casos, a cobrança do cumprimento da Lei deverá ocorrer perante o judiciário local. Isso porque quando há empate não há efeito vinculante, e o resultado pode ser debatido novamente no futuro. No entanto, enquanto isso não ocorre, a Lei deve ser cumprida. Veja Acordão ADIN 4.167.