domingo, 21 de agosto de 2011

CAPES abre inscrições para a formação inicial presencial de professores da rede pública de educação básica

Está aberto mais um período de pré-inscrições para os cursos de Licenciatura na modalidade presencial para início no primeiro semestre de 2012, em cursos ofertados no âmbito do Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica – PARFOR Presencial.
Os cursos ofertados são inteiramente gratuitos e destinam-se exclusivamente aos docentes em exercício na rede pública de educação básica.
O período para pré-inscrições, na Plataforma Freire (http://freire.mec.gov.br), é de 03/08/2011 a 10/09/2011.
São ofertados os seguintes tipos de Licenciatura:
  • Primeira Licenciatura – para docentes em exercício na rede pública da educação básica que não tenham formação superior;
  • Segunda Licenciatura – para docentes em exercício na rede pública da educação básica em área distinta da sua formação inicial;
  • Formação Pedagógica – para docentes graduados não licenciados que se encontrem em exercício na rede pública da educação básica. 
 Clic no cartaz para amplia-lo
Estão sendo ofertadas cerca de 29 mil vagas em diversos cursos de Licenciatura em Instituições de Ensino Superior localizadas nos seguintes Estados: Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Para saber quais são as Instituições de Ensino Superior participantes, os municípios onde estão sendo ofertados os cursos com detalhes sobre o tipo de formação e o número de vagas, bem como realizar sua pré-inscrição, os professores em exercício na rede pública de educação básica deverão:
  • Acessar a Plataforma Freire no endereço eletrônico http://freire.mec.gov.br;
  • Para quem nunca tiver acessado a Plataforma Freire, clicar em "Primeiro Acesso á Plataforma Freire";
  • Para aqueles que já tiverem currículo cadastrado na Plataforma Freire, clicar em "Já sou cadastrado" para efetuar sua pré-inscrição.
As inscrições deverão ser validadas, também na Plataforma Freire, pelas Secretarias de Educação Estadual ou Municipal à qual o professor em exercício estiver vinculado, no período de 11/09/2011 a 08/10/2011.

Por uma infância sem racismo


IDEB na porta da escola, no mínimo, reforça discriminações

PROJETO DE LEI Nº              , DE 2011
(Do Sr. Ronaldo Caiado)

 
 “Art. 1º Todos os estabelecimentos de ensino básico do país são obrigado afixar o índice de IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica em local ampla visibilidade.
 
§1º  A placa exibirá a nota obtida pelo estabelecimento , bem como a média municipal e estadual.
 
§2º  A placa terá, no mínimo, área não inferior a 1 m².”


Fruto da ideia do consultor educacional Gustavo Ioschpe - revista Veja e Rede Globo - tramita, na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei nº 1.530/2011 subscrito pelo ícone da bancada ruralista no Congresso, deputado Ronaldo Caiado (DEM/GO). E as perguntas que não se calam sobre a proposição, são: Por que nenhum deputado “colega” do idealizador e afeto ao tema da educação não se propôs a apresentar o projeto? Seria possível crer que a ideia - mesmo se fosse apresentada por parlamentar com menor suspeição - não revelaria a reprise de um conteúdo ideológico de desconstrução da escola pública, insistentemente adotado pelas elites brasileiras em 500 anos de dominação?

Não obstante as críticas da CNTE ao Ideb, que constam em vários documentos e opiniões da Confederação, as questões que envolvem o projeto de lei em pauta reforçam três concepções de educação que julgamos equivocadas e prejudiciais. A primeira consiste em aportar um mecanismo inacabado (o Ideb) para massificar a cultura de avaliação restritiva e que orienta a pseudo recompensa meritória (bônus) aos educadores, a qual, por sua vez, está em desuso nos países desenvolvidos. Outra visão considera, em contraposição aos princípios da universalidade do atendimento e da equidade qualitativa, que a escola pública deva ser um bem de consumo gerido pelas leis de mercado, onde a baixa qualidade condiciona a substituição do produto por outro similar (e seria os vouchers a solução substituta?). Por último, e no âmago da questão, encontra-se o clamor pelo elitismo educacional, que se pauta na cruel marginalização de setores sociais. Pior que classificar a escola como ruim, é subtrair a autoestima da comunidade usuária e colocá-la em confronto com a instituição, quando a melhor solução consiste na união de esforços, sobretudo do Poder Público, para elevar a qualidade da educação.

Mesmo com suas limitações, o papel do Ideb consiste em fornecer diagnóstico de problemas agudos em escolas e sistemas de ensino, a fim de proporcionar-lhes políticas públicas de reforço no financiamento, na gestão político-pedagógica e na infraestrutura. É sabido que a qualidade na educação básica é predominantemente baixa em todo país. Tenta-se, mesmo timidamente, intervir com compromisso público nesse problema. Mas a tentativa de transferir responsabilidades com o atual cenário para estudantes e educadores - como propõe o PL 1.530/11 - expõe grande injustiça. A medida, se implantada, tende a esgarçar ainda mais o frágil tecido social que envolve parte das escolas urbanas e rurais, agregadoras de quase 90% da população estudantil no país e onde se encontra expressivo contingente recém saído da pobreza e da miséria.

Entendemos que a qualidade da educação pública reflete as políticas e o compromisso do Estado e da sociedade para com essa política social. Por isso, não há como elevar os níveis de qualidade - a todos os brasileiros/as, sem exceção - sem que sejam aumentados os investimentos financeiros e melhoradas a gestão e a fiscalização dos recursos; da mesma forma que se faz necessário investir na formação (inicial e continuada) e na valorização dos profissionais, no projeto educacional voltado ao desenvolvimento sócio-econômico e ambiental, na infraestrutura e segurança das escolas, assim como na participação social em instâncias de decisão dos sistemas de ensino e das escolas. Essas são políticas de caráter sistêmico que precisam, urgentemente, ser ampliadas e aprofundadas para romper com as discriminações (e exclusões) e garantir a efetiva oportunidade para todos/as.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A internet a favor da educação


Se você é um educador nascido nos anos 90, 80 ou menos; muito provavelmente já fez pesquisas utilizando-se de enciclopédias e do famoso papel almaço (com ou sem pauta). Até meados da década de 90, poucas pessoas tinham acesso a computadores. Internet, então, era talvez uma palavra estranha para muitos. Na atualidade, em nosso século XXI, o cenário é bem diferente. Para aqueles que já nasceram com uma relação íntima com essas tecnologias, utilizar tais ferramentas é quase automático. No entanto, há aqueles que têm dificuldades, ou até medo e resistência em lidar com elas. No contexto das escolas, acaba sendo algumas vezes paradoxal a forma com que estudantes e educadores veem tais recursos. Considerando tais fatos e a realidade de muitos educadores; escrevo este texto com o intuito de fornecer, a eles, algumas dicas para que a internet possa ser utilizada a seu favor. 

Primeira dica: certificando se aquele trecho, tão bem escrito, foi realmente elaborado pelo aluno. 

Com o intuito de permitir com que seus alunos se aprofundem em um tema, ou mesmo aprendam a pesquisar; solicitar a confecção de trabalhos pode ser uma boa escolha. No entanto, caro professor, fique atento: caso perceba frases ou trechos desconexos e/ou que, bruscamente, a linguagem se torna diferente; é interessante avaliar se se trata de plágio ou não. Para fazer isso, basta copiar um fragmento significativo do trecho, colocá-lo em um buscador (como o Google), e se certificar. 

Por exemplo: Trecho escrito em um trabalho: “Nosso país é campeão mundial de reciclagem de latinhas de alumínio e recicla cerca de 37% do papel que produz mas, infelizmente, este título é proveniente das péssimas condições de vida que alguns brasileiros vivem, tendo a reciclagem como fonte de renda.” 


Neste caso em questão, trata-se, realmente, de plágio. 
Uma sugestão para facilitar essa revisão é solicitar que os alunos enviem o trabalho por email, ou gravado em um CD. 

Segunda dica: utilizando blogs como canal de informação e comunicação. 

Blogs são páginas da internet que não exigem um grande conhecimento de informática para utilizá-las. Neles, você pode escrever textos, enviar fotos, vídeos, etc. Usando a criatividade, blogs podem ser utilizados para publicar trabalhos, fazer concursos, entrar em contato com outras instituições de ensino etc. E o melhor: eles podem ser administrados tanto por você quanto pelos alunos (ou por todos vocês). Caso ainda não se sinta à vontade para gerenciar tal página, pode pedir dicas para o técnico de informática da escola, ou mesmo para um aluno. 

Terceira dica: criação de fóruns de discussão. 

Neste link você tem acesso a um serviço de hospedagem de fóruns, gratuito. Assim, poderá desenvolver pautas de discussão com seus alunos sobre os mais variados temas. Além disso, pode ser criado um fórum para que os estudantes tirem suas dúvidas, e troquem ideias entre si, a respeito de algum tema da aula que não compreenderam bem, ou mesmo aquela tarefa de casa. Fique atento àqueles que pedem, ou fornecem, respostas prontas. 

Quarta dica: especialmente para os educadores das Ciências: ScienceBlogs 

Neste endereço você acessa o ScienceBlogs – ciência, cultura, política. Lá você encontra mais de trinta blogs de ciências: excelentes fontes de divulgação científica para os educadores dessa área. Levando em consideração a jornada dupla ou tripla que muitos educadores devem enfrentar para receberem um salário compatível com outros profissionais com o mesmo nível de formação; basta somente um só clique na referida página para você encontrar temas bastante atuais, e com certeza a de que se trata de conteúdos escritos por gente que entende de ciências.

Quinta dica: mãos à obra! 

Por Mariana Araguaia 
Bióloga, especialista em Educação Ambiental 
Equipe Brasil Escola

7ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas - OBMEP


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

STF decide que músico não precisa de Exame de Ordem para exercer profissão

BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) dispensou os músicos do registro na Ordem dos Músicos do Brasil como pré-requisito para o exercício da profissão. A decisão foi tomada no julgamento de uma ação proposta pela ordem em Santa Catarina contra um músico que não tinha a carteira da instituição. O profissional havia obtido no tribunal local o direito de trabalhar sem registro - e, com isso, sem o pagamento das anuidades.

No julgamento, os ministros ressaltaram que uma forma de arte não necessita de registro profissional para ser manifestada. Eles enquadraram a situação no direito constitucional da liberdade de expressão. E compararam o caso ao diploma de jornalista, que teve sua exigência banida pela Corte em 2009, pelo mesmo motivo.

- A música é uma arte, algo sublime, próximo da divindade. Tem-se talento para a música, ou não se tem - afirmou a relatora, ministra Ellen Gracie.
Em seu voto, a ministra ressaltou os incisos 9 e 13 do artigo 5º da Constituição Federal. "É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença", diz o primeiro. "É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer", afirma o outro dispositivo.

Hoje, músicos que se apresentam em estabelecimentos devem portar a Ordem dos Músicos do Brasil. Para obter o registro, o profissional deve ser submetido a provas teóricas e práticas - o que muitas vezes dificulta a vida de músicos que não tiveram educação formal.