terça-feira, 28 de junho de 2011

CNTE: DIA 6 DE JULHO - PARALISAÇÃO NACIONAL PELO PISO, CARREIRA E PNE

A luta dos trabalhadores em educação, neste segundo semestre de 2011, tem início no próximo dia 6 de julho, por ocasião do Dia de Mobilização Nacional organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em conjunto com diversas entidades do movimento social. Nesta data, concomitantemente ao ato da CUT, a CNTE lançará a Jornada Nacional de Luta pelo Piso, Carreira e PNE em todo país.

Diante do descaso de muitos gestores públicos frente à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF,) que julgou a Lei do Piso integralmente constitucional, a CNTE, através de seus sindicatos filiados, reforçará a luta pela implementação da Lei 11.738 devendo-se observar o piso nacional como vencimento inicial mínimo para as carreiras de magistério (previsto para o profissional com formação Normal de nível médio) e 1/3 de hora-atividade aplicado às jornadas previamente definidas nos planos de carreira, conforme orienta a legislação federal.

Além de exigir a vinculação do Piso às Carreiras de magistério (com base no valor defendido pela Confederação - R$ 1.587,87 - e na composição da carga de trabalho prevista na Lei 11.738), a Jornada de Luta da CNTE também pautará a aprovação do Plano Nacional de Educação à luz dos encaminhamentos deliberados pela Conae 2010. Desta forma, compõem nossa pauta de reivindicação: a aplicação de 10% do PIB na educação, a constituição do sistema nacional de educação, a revisão dos parâmetros de avaliação da educação básica, a implementação do Custo Aluno Qualidade, a valorização de todos os profissionais da educação, a garantia de gestão democrática em todos os níveis e instâncias de organização educacional, dentre outras questões.

As inúmeras greves deflagradas pelos trabalhadores da educação básica pública no país, sobretudo após o dia 11 de maio (Dia de Paralisação Nacional organizado pela CNTE), têm mostrado, mais uma vez, a força e o nível de organização de nossa categoria, sobretudo em defesa dos planos de carreira - direito garantido pela Constituição Federal. Por isso, não temos dúvidas de que, se preciso for, “vamos encher o Brasil de marchas” na luta pela valorização profissional e pela educação de qualidade para todos/a os/as cidadãos/ãs.

Em seu papel de articuladora da luta nacional, neste momento, a CNTE também tem cobrado do MEC a imediata instalação da mesa de negociação para aplicação (imediata e correta) do PSPN em todos os estados e municípios.

6 de julho: Dia de Mobilização Nacional da CUT e lançamento da Jornada Nacional de Luta pelo Piso, Carreira e PNE (com atos nos estados e municípios). Todos/as à luta!

País vai melhor para o povo que para os economistas

No artigo que publica hoje na Folha de S. Paulo – o texto só está aberto para assinantes – o professor Marcelo Néri diz que, entre os países emergentes conhecidos como Brics, o Brasil “vai melhor para a população que para os economistas”. 
Essa é a grande virtude e, ao mesmo tempo, a grande fragilidade do processo brasileiro de desenvolvimento.
Virtude porque o desenvolvimento econômico, aqui, ao contrário do que marcou nossa história e, segundo a pesquisa que Neri lança amanhã – Os Emergentes dos Emergentes: Reflexões Globais e Ações Locais para a Nova Classe Média Brasileira -, e do que ocorre também nos demais países emergente e no mundo desenvolvido, o crescimento tem representado não apenas inclusão social mas um maior nível de equidade na distribuição da riqueza.
E fragilidade porque, mesmo entre os economistas de talhe progressista, têm-se dificuldade de lidar com serenidade com taxas de expansão econômica às quais nós, brasileiros, para falar sinceramente, estamos pouquíssimo acostumados. Na verdade, nosso hábito é formado pelas experi~encias que tivemos de, a cada pequeno intervalo de properidade econômica, semos atropelados pelo “rombo” que aquilo nos custaria a seguir.
De fato, esta série se inicia com o “milagre econômico” dos anos 70, desmontado não apenas pelo endividamento externo contraído para alimentá-lo, que a crise do petróleo de 74 fez catalisar sua inviabilidade e passa pela expansão artificial do consumo no Plano Cruzado e, finalmente, pelo delírio cambial do Plano Real, que agravou o endividamento público, temperado com pequenos – sim, foram pequenos em valores, embora extremamente grandes em consequências – recursos vindos da privatização de setores fundamentais da economia.
Talvez, por isso, poucos estejam se dando conta do que, salvo tremores imprevisíveis, ocorrerá com a economia brasileira dentro de poucos meses. O reajuste do salário mínimo, mantida a fórmula transformada em lei, vai beirar os 14% em valores nominais e será de 7,5% em valor real. Isso é o maior reajuste desde o biênio 2005/06, quando se iniciou o atual ciclo de desenvolvimento.
Só que, ao contrário daquele período, quando vínhamos ainda de um processo de retração econômica que se seguiu à crise de 2002, no final do período FHC, o acréscimo de consumo virá sobre uma base já expandida pelo “ano de ouro” de 2010. Este acréscimo – tanto pela inclusão de camadas muito pobres, onde a vinculação da renda ao mínimo é mais intensa, quanto pela expansão do consumo dos já minimamente presentes no mercado – exige que nos preparemos para ele.
A política de expansão, para que se evite  sub-abastecimento e pressão sobre preços, tem de começar já, para que os investimentos produtivos estejam em vias de opoeração quando estes efeitos deste novo salto na renda começarem a surgir ou, pelo menos, decisões de ampliação da capacidade produtiva estejam tomadas.
Um passo positivo foi dado com o incremento do financiamento ao plano de safra agrícola 2011/12. Mas na área industrial, no comércio e nos serviços, a política de juros já está provocando, embora não haja retrações mensuráveis na sua atividade, o adiamento de decisões de expansão, de modernização e reeestruturação.
Muito embora se possa compreender que não é possível viver a euforia todo o tempo, roda-presa é algo que se demora a soltar.  E estar de roda-presa na hora de ter de acelerar para acompanhar a expansão do consumo é um desastre. Não apenas para as empresas, mas para a economia nacional como um todo, pelos gargalos e pressões altistas que isso gera.
A aceleração tem que começar já, e com ênfase nos setores onde ela mais demanda tempo para produzir movimento, como o de energia, metalurgia, construção pesada, etc, que não podem ser rapidamente supridos por importações, num primeiro momento.
Os dirigentes de nossa área econômica, hoje sob as palmas do “mercado” pela elevação dos juros e pelos sinais já evidentes de desaceleração econômica, devem se lembrar que até alguns meses atrás eram ridicularizados pelos mesmos “sabidos” justamente por não quererem impor um arrocho maior à economia.
E que quanto nos custou na recuperação econômica na crise de 2008 – embora esta recuperação tenha sido fortíssima – a demora e a resistência do Banco Central em baixar os juros. Uma demora que teve, naquela ocasião, a oposição insistente e firme do mesmo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

domingo, 26 de junho de 2011

Violência na escola


A violência é um problema social que está presente nas ações dentro das escolas, manifesta de diversas formas entre todos os envolvidos no processo educativo. Isso não deveria acontecer, pois escola é lugar de formação da ética e da moral dos sujeitos ali inseridos, sejam eles alunos, professores ou demais funcionários.
Porém, o que vemos são ações coercitivas, representadas pelo poder e autoritarismo dos professores, coordenação e direção, numa escala hierárquica, estando os alunos no meio dos conflitos profissionais que acabam por refletir dentro da sala de aula.
Além disso, a violência estampada nas ruas das cidades, a violência doméstica, os latrocínios, os contrabandos, os crimes de colarinho branco tem levado jovens a perder a credibilidade em uma sociedade justa e igualitária, capaz de promover o desenvolvimento social em iguais condições para todos, tornando-os violentos, conforme estes modelos sociais.
Nas escolas, as relações do dia-a-dia deveriam traduzir respeito ao próximo, através de atitudes que levassem à amizade, harmonia e integração das pessoas, visando atingir os objetivos propostos no projeto político pedagógico da instituição.
Muito se diz sobre o combate à violência, porém, levando ao pé da letra, combater significa guerrear, bombardear, batalhar, o que não traz um conceito correto para se revogar a mesma. As próprias instituições públicas utilizam desse conceito errôneo, princípio que deve ser o motivador para a falta de engajamento dessas ações.
Levar esse tema para a sala de aula desde as séries iniciais é uma forma de trabalhar com um tema controverso e presente em nossas vidas, oportunizando momentos de reflexão que auxiliarão na transformação social.
Com recortes de jornais e revistas, pesquisas, filmes, músicas, desenhos animados, notícias televisivas, dentre outros os professores podem levantar discussões acerca do tema numa possível forma de criar um ambiente de respeito ao próximo, considerando que todos os envolvidos no processo educativo devem participar e se engajar nessa ação, para que a mesma não se torne contraditória. E muito além das discussões e momentos de reflexão, os professores devem propor soluções e análises críticas acerca dos problemas a fim de que os alunos se percebam capacitados para agir como cidadãos.
Afinal, a credibilidade e a confiança são as melhores formas de mostrar para crianças e jovens que é possível vencer os desafios e problemas que a vida apresenta.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

Educação estadual publica portaria sobre concessão de auxílio transporte e alimentação

 O pagamento é concedido quando os profissionais da educação se deslocam do interior do Estado para Maceió.

Foi publicada nesta terça-feira (21), pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE) a portaria que estabelece a planilha de valores da bolsa-auxílio transporte e de alimentação paga aos servidores que estejam participando dos programas de formação continuada e outros eventos promovidos pela secretaria.

A portaria nº. 585/2011 vem atualizar os valores pagos para cobrir os custos com transporte e alimentação já que a última correção foi realizada no ano de 2009. Os interessados podem conferir a íntegra da portaria nas páginas 8 e 9 do Diário Oficial do Estado (DOE) de hoje.

Vida Maria

Maria José, mulher nordestina, como tantas outras, necessita deixar seus estudos e seus sonhos para trabalhar. Morando no sertão do Ceará, cresce, casa, tem vários filhos e envelhece. Nesse tempo passa toda sua rotina de vida para sua filha Lurdes, que vai como a mãe continuar a vida no sertão.






Investimento no professor - uma das ações responsáveis pela melhoria da qualidade do ensino em Cingapura


Diretor do Instituto Nacional de Educação de Cingapura aponta valorização docente como uma das ações responsáveis pela melhoria da qualidade do ensino em seu país
Até 1965, ano em que Cingapura, um pequeno país localizado no sudeste da Ásia, deixou de ser colônia britânica, nada foi feito em prol da educação. Pelo contrário: a população amargava índices altos de analfabetismo e desemprego. Em 46 anos, o cenário mudou. O sistema de ensino de Cingapura é conhecido hoje como um dos melhores no mundo. Entre os países que participaram do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) em 2009, Cingapura está em quinto lugar em leitura, segundo lugar em matemática e quarto lugar em ciências. Para avançar na qualidade de ensino, o país investiu fortemente na capacitação de professores, que é realizada pelo Instituto Nacional de Educação de Cingapura, órgão ligado ao Ministério da Educação. Sob o comando de Lee Sing Kong, 57 anos, o Instituto treina professores para ensinar estudantes desde o ensino fundamental até o ensino médio. Em entrevista concedida à editora interina Beatriz Rey, Lee, que é horticultor e professor de Ciências Biológicas da Universidade Tecnológica de Nanyang, conta a história da reforma educacional e explica como são estruturados os cursos de formação. Além disso, defende a necessidade de recrutar docentes que dominem as disciplinas que lecionam. "Como um professor de matemática pode ensinar a disciplina sem conhecê-la?", questiona. O diretor esteve em São Paulo por ocasião do evento "Escola de Alto Desempenho - II Seminário Internacional de Práticas Inovadoras para a Educação", promovido em abril pela Vitae Futurekids - Planeta Educação.

O sr. poderia nos contar sobre a reforma educacional realizada em seu país?
Somos uma nação jovem sem muitos recursos naturais. Nosso único capital é o humano. Em 1965, a taxa de alfabetização era muito baixa e o índice de desemprego, muito grande. Naquele momento, a prioridade era a alfabetização, porque as pessoas precisavam adquirir habilidades para serem contratadas. Na primeira fase da reforma (1965-1979), nós estávamos tentando sobreviver como nação. Já na década de 80, era preciso fazer com que o país crescesse. Por isso, decidimos convidar empresas internacionais para que investissem em Cingapura. Foi uma fase altamente industrializada. Nesse período, a demanda não era só por pessoas alfabetizadas, mas que também dominassem conhecimentos e habilidades técnicas. Entretanto, precisávamos resolver outro problema, já identificado nos anos 60: a alta taxa de evasão. Descobrimos que mais de 10% dos alunos não completavam dez anos de escolaridade. Como a população é pequena, o percentual é considerável. Percebemos, então, que os alunos tinham ritmos diferentes de estudo. Se você coloca todos na mesma sala, os mais lentos ficam desmotivados e acabam deixando a escola. Optamos por encaminhar os estudantes a grupos diferentes. Aqueles que são muito bons seguem para escolas tradicionais, com programas mais autônomos. Os alunos mais lentos são designados para escolas específicas, onde podem ser beneficiados com um currículo mais customizado e cuja base são atividades práticas. Essa estrutura foi adaptada a todas as etapas educacionais.

Mas não se cria um estigma com essa separação?
As pessoas pensavam que seria o caso. Na realidade, a divisão dá ao professor a chance de adotar tipos diferentes de ensino. Os mais rápidos podem seguir num ritmo normal. Para os mais lentos, oferecemos atividades específicas. Não há um estímulo apenas intelectual, mas também da prática, porque eles aprendem quando fazem. Um exemplo: o professor desse tipo de escola descobre que um grupo de alunos adora andar de esqui. Se ele diz que a velocidade é o tempo sobre o espaço, os estudantes entendem o que ele quer dizer. O docente, então, os leva para andar de esqui e pede a eles que meçam a distância e o tempo que andaram. Por fim, explica o conceito de velocidade. O fato de eles terem participado da experiência faz com que aprendam. Não são alunos que não podem aprender. Eles podem, mas precisam de atividades diferenciadas. A política de estabelecer diferentes "fluxos" de ensino fez com que a taxa de evasão caísse para quase zero.

E qual é a terceira fase da reforma?
O mundo mudou de uma economia de base industrial para uma economia cuja base é o conhecimento. Nesse novo cenário, a aplicação do conhecimento pode gerar valor. O governo passou a olhar para o potencial de cada criança. De 1996 até hoje, temos a educação voltada para as habilidades, ou seja, identificamos e desenvolvemos as habilidades de cada criança. Há um incentivo para que elas pensem, sejam curiosas e tenham oportunidades de mostrar seus talentos. Se o aluno é muito bom em artes, haverá aulas da disciplina disponíveis para ele, além do currículo básico. Os alunos são estimulados a sair do processo de aquisição do conhecimento para o de inovação.

Um dos pilares da reforma foi a instituição do respeito social ao docente. Como ele foi construído?
Na Finlândia e na Coreia, esse respeito é cultural. Naqueles países, a sociedade tem essa postura porque acredita que os professores são pessoas honradas e importantes para o desenvolvimento da criança. Como Cingapura é uma nação recente, o respeito não era grande no começo dos anos 90. A docência era uma das profissões menos escolhidas por quem se formava no ensino médio. O governo imediatamente reconheceu que a educação não alcançaria progressos sem bons professores nas salas de aula. Era necessário atrair os melhores candidatos e dar a eles formação mais consistente. Para começar, o salário do professor iniciante foi equiparado ao de engenheiros e contadores em começo de carreira.

Quanto ganha um professor iniciante?
O valor não faz diferença. É a mensagem que importa: ser professor é tão importante quanto ser engenheiro. O segundo passo foi investir na carreira docente. Hoje, há quatro etapas de carreira para o professor que leciona em sala de aula: inicial, sênior, líder e master. O master pode ganhar tanto quanto um vice-diretor. O governo também identificou que há professores bons em desenho de currículo e avaliações. Agora, eles podem ser promovidos para atuar nessas áreas. Além disso, os professores que têm talento podem ser diretores ou vice-diretores. O último passo para criar o respeito foi esclarecer o significado da profissão porque a sociedade não entendia o que um professor fazia. Sabíamos que ele acordava, dava aula e voltava para casa. Nós definimos seu papel e contribuição social, que se resumem em uma frase: o professor molda o futuro da nação, porque as crianças são justamente o futuro do país. Quão mais nobre uma profissão pode ser? Mas também era preciso fazer com que as pessoas soubessem mais sobre o trabalho deles. Passamos a divulgar mais pesquisas e relatórios para a imprensa. O objetivo era fazer com que esses profissionais fossem vistos com bons olhos. Por exemplo: se nossos professores produzem um novo modelo de ensino para crianças com necessidades especiais, enviamos material sobre isso à mídia. Há dois anos, foi feita uma pesquisa com a população para descobrir qual profissão contribuía mais com a construção da nação - a docência foi eleita a primeira. Além disso, o número de candidatos por vaga no Instituto Nacional de Educação de Cingapura aumentou. Em 1991, tínhamos 6 vagas para 4 candidatos. Nesse ano, tenho uma vaga para 5 candidatos.

Vocês utilizaram a política de bonificação por desempenho para melhorar a carreira docente?
Não há por que usar a bonificação por desempenho ou o ranking. Se você olhar os melhores sistemas educacionais do mundo (a consultoria McKinsey já fez isso) e questionar os fatores que causaram esse sucesso, chegará a três conclusões. Em primeiro lugar, a qualificação de professores e diretores é alta. A qualidade do sistema educacional não pode exceder a de seus professores. A segunda conclusão é o impacto do ensino em sala de aula - se o professor ensina bem, o desempenho dos alunos será bom. Por último, é preciso estabelecer os objetivos educacionais em questão. Se você quiser iniciar uma viagem, precisa saber para onde está indo. O aluno deve ter clareza sobre aonde a educação o levará. Mas eu diria que a chave é ter bons professores e diretores - são eles os responsáveis pelo funcionamento de toda a rede.

Quais os caminhos para quem deseja ser professor em Cingapura?
Um aluno do ensino médio que ainda não se decidiu pela carreira docente vai à universidade e escolhe uma área para estudar, como biologia. Caso ele posteriormente opte pela docência, deve se candidatar a uma vaga no Instituto Nacional de Educação de Cingapura. O processo seletivo envolve dois critérios: aptidão e demanda. Os candidatos participam de entrevistas com educadores experientes, que os questionam: você gosta de interagir com crianças? Por que você escolheu ser um professor? Além disso, levamos em consideração as diferentes demandas das escolas. Se há maior necessidade por professores de matemática, essa é a preferência. Os selecionados participam de um treinamento de um ano no Instituto. Se um aluno do ensino médio já decidiu que quer ser professor logo no início, ele  participa de um processo de seleção no mesmo órgão. Será analisado em quais disciplinas o aluno teve as melhores notas, para que ele já seja direcionado a uma área em que pode lecionar futuramente. O curso dura quatro anos e dá um diploma de bacharelado em educação.

Como o currículo do bacharelado em educação é construído?
Nosso modelo de ensino é chamado de "modelo VHC". O "V" é para valores, o "H" é para habilidades e o "C", conhecimento. Um dos valores que incutimos nos professores durante a formação é: "eu acredito que toda criança pode aprender". Com essa perspectiva, o docente não vai negligenciar aqueles que demoram em aprender. Pelo contrário: vai buscar uma abordagem pedagógica diferente, que se encaixe com o perfil deles. Da mesma maneira, o aluno no Instituto é equipado com diversas metodologias de ensino, inclusive as habilidades tecnológicas, para que eles usem a tecnologia no momento certo. A ideia é que ele chegue à escola, encontre  um perfil específico de aluno e saiba o que fazer.  O docente também precisa dominar seu objeto de ensino. Como um professor de matemática pode ensinar a disciplina sem conhecê-la? Então, há aulas para as disciplinas específicas. Há um outro componente no currículo chamado de  "estudos educacionais", que trata de psicologia e educação. O objetivo é ajudar os futuros docentes a entender os perfis diferentes de alunos. Por último, há a prática, feita em parceria com as escolas. Se um aluno passa um ano conosco, será obrigado a ficar dez semanas dentro de sala de aula.

Por que isso é tão importante?
É preciso fazer um balanço entre teoria e prática. Isto é, se você tem todas as teorias, sabe os porquês, mas não sabe como trabalhar. Nas escolas, os professores mais experientes supervisionam aqueles que estão em período de aprendizagem. Quando um estagiário ensina de uma maneira inadequada, o mais experiente o orientará.  É dessa maneira que formamos um professor confiante. Quando ele entrar em uma escola, a sala de aula não será nova para ele.

Qual a postura do governo em relação aos professores considerados ineficientes?
Se você leciona em uma de nossas escolas, é avaliado pelo diretor e por departamentos responsáveis. Essa avaliação não é feita com base em um teste; há uma série de critérios, como o nível de formação. O Ministério oferece diversas oportunidades de desenvolvimento. Se em três anos o professor não apresentar melhoras, é melhor que se vá. Ele é demitido.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

8º Festival de Inverno de Água Branca - AL

O 8º Festival de Inverno de Água Branca que já virou tradição no sertão nordestino, esse ano de 2011 vem com grandes atrações em todos os gêneros musicais.


PROGRAMAÇÃO COMPLETA "SUJEITO A ALTERAÇÕES"

DIA 28/07/2011 (Quinta-Feira)
- BANDA FÉ BRASIL (GOSPEL)

DIA 29/07/2011 (Sexta-feira)
- AVIÕES DO FORRÓ (DESTAQUE)
- RAPHAEL & GABRIEL
- MEGA GROOV

DIA 30/07/2011 (Sábado)
- CHEIRO DE AMOR (DESTAQUE)
- CALANGO ACESO
- JEAN RAMOS

DIA 31/07/2011 (Domingo)
* BANDA VAIBE (TARDE)
- SILVANO SALLES (DESTAQUE) "NOITE"
- INTERNALTAS DO FORRÓ
- LISSINHO E BRUNO

TODOS OS DIAS APRESENTAÇÕES CULTURAIS, TRILHA DE MOTO CROSS E DJ




Municípios devem garantir matrículas perto de casa

O Judiciário pode obrigar o Executivo a matricular crianças em escolas e creches próximas de suas residências ou dos locais de trabalho dos seus pais.

O entendimento é do ministro do STF Celso de Mello, que afastou a cláusula da reserva do possível para efetivar o direito à educação e assim manter a eficácia e integridade da Constituição.


Segundo o ministro, o direito à educação é um dos direitos sociais mais expressivos, que implica em um dever do Poder Público, e dele o Estado só se desincumbirá criando condições objetivas que propiciem, aos titulares desse mesmo direito, o acesso pleno ao sistema educacional, inclusive ao atendimento, em creche e pré-escola, às crianças até cinco anos de idade.

Celso de Mello deixou claro que o direito à educação infantil não pode ser menosprezado pelo Estado, sob pena de grave e injusta frustração de um inafastável compromisso constitucional, que tem, no aparelho estatal, o seu precípuo destinatário. Nesse sentido, explicou que a eficácia desse direito não pode ser comprometida pela falta de ação do Poder Público.

O caso é oriundo de São Paulo e envolve o interesse de uma criança, representada por seus pais. A ação iniciou em março de 2009 - já são decorridos, assim, quase dois anos e meio.

Ao decidir, o ministro considerou o objetivo do legislador constituinte, que quanto à educação infantil, delineou um nítido programa a ser implementado mediante adoção de políticas públicas consequentes e responsáveis - notadamente aquelas que visem a fazer cessar, em favor da infância carente, a injusta situação de exclusão social e de desigual acesso às oportunidades de atendimento em creche e pré-escola. (RE nº 639.337).

quinta-feira, 23 de junho de 2011

7ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas - OBMEP



Coordenadorias Regionais de Educação

Coordenadorias Regionais de Educação

Fuga do Moinho - Cartoon - Um alerta sobre as drogas !


Desenho animado retrata a angústia dos pais quando seu filho se torna viciado em drogas.
Autor: Börge Ring

quarta-feira, 22 de junho de 2011

DIABETES




Diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue. A glicose é a principal fonte de energia do organismo porém, quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde como por exemplo o excesso de sono no estágio inicial, problemas de cansaço e problemas físicos-táticos em efetuar as tarefas desejadas. Quando não tratada adequadamente, podem ocorrem complicações como Ataque cardíaco, derrame cerebral, insuficiência renal, problemas na visão, amputação do pé e lesões de difícil cicatrização, dentre outras complicações.
Embora ainda não haja uma cura definitiva para a/o diabetes (a palavra tanto pode ser feminina como masculina), há vários tratamentos disponíveis que, quando seguidos de forma regular, proporcionam saúde e qualidade de vida para o paciente portador.
Diabetes é uma doença bastante comum no mundo, especialmente na América do Norte e norte da Europa, acometendo cerca de 7,6% da população adulta entre 30 e 69 anos e 0,3% das gestantes. Alterações da tolerância à glicose são observadas em 12% dos indivíduos adultos e em 7% das grávidas. Porém estima-se que cerca de 50% dos portadores de diabetes desconhecem o diagnóstico. Segundo uma projeção internacional, com o aumento do sedentarismo, obesidade e envelhecimento da população o número de pessoas com diabetes no mundo vai aumentar em mais de 50%, passando de 380 milhões em 2025.

O diabetes afeta cerca de 12% da população no Brasil (aproximadamente 22 milhões de pessoas) e 5% da população de Portugal (500 mil pessoas).
O diabetes tipo 1 ocorre em freqüência menor em indivíduos negros e asiáticos e com freqüência maior na população européia, principalmente nas populações provenientes de regiões do norte da Europa. A frequência entre japoneses é cerca de 20 vezes menor que entre escandinavos. Em São Paulo a incidência do tipo 1 é de 7,6 casos a cada 100.000 habitantes.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, em 2006 havia cerca de 171 milhões de pessoas doentes da diabetes, e esse índice aumenta rapidamente. É estimado que em 2030 esse número dobre. A Diabetes Mellitus ocorre em todo o mundo, mas é mais comum (especialmente a tipo II) nos países mais desenvolvidos. O maior aumento atualmente é esperado na Ásia e na África, onde a maioria dos diabéticos será visto em 2030. O aumento do índice de diabetes em países em desenvolvimento segue a tendência de urbanização e mudança de estilos de vida.
A diabetes está na lista das 5 doenças de maior índice de morte no mundo, e está chegando cada vez mais perto do topo da lista. Por pelo menos 20 anos, o número de diabéticos na América do Norte está aumentando consideravelmente. Em 2005 eram em torno de 20.8 milhões de pessoas com diabetes somente nos Estados Unidos. De acordo com a American Diabetes Association existem cerca de 6.2 milhões de pessoas não diagnosticadas e cerca de 41 milhões de pessoas que poderiam ser consideradas pré-diabéticas. Os Centros de Controles de Doenças classificaram o aumento da doença como epidêmico, e a NDIC (National Diabetes Information Clearinghouse) fez uma estimativa de US$132 bilhões de dólares, somente para os Estados Unidos este ano.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Diabetes_mellitus

terça-feira, 21 de junho de 2011

Projeto Viajando pelo Saber

O programa Viajando pelo Saber faz parte de uma grande política a ser desenvolvida pelo Governo de Alagoas no combate aos índices de analfabetismo do Estado e visa dar continuidade à escolarização de estudantes egressos de turmas da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Nossa escola funciona como Escola Núcleo e conta com 20 turmas, 20 professores monitores, 2 APNs, além da equipe pedagógica da 11ª CRE. 
Atua em ações de alfabetização em espaços alternativos de educação disponibilizados pelas Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) em parceria com Organizações Não Governamentais (ONG´s), empresas privadas e de construção civil e igrejas.


 TURMAS 2009/2010 - APN Rivéria -.Encontro de turmas

   

Projovem Campo

Projovem Campo

Saberes da Terra
 Trata–se de um programa de escolarização de jovens agricultores familiares em nível fundamental na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), integrado à qualificação social e profissional.

É uma ação integrada entre o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) e da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC); o Ministério do Desenvolvimento Agrário por meio da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF) e da Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT); o Ministério do Trabalho e Emprego por meio da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego (SPPE) e da Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES); o Ministério do Meio Ambiente por meio da Secretaria de Biodiversidade e Floresta (SBF); o Ministério do    Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) vinculada à Presidência da República.
O programa surgiu em 2005, vinculado ao Ministério da Educação pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) com a meta de escolarização de 5.000 jovens agricultores/as de diferentes estados e regiões do Brasil. Pretende formar jovens agricultores que vivem em comunidades ribeirinhas, quilombolas, indígenas, assentamentos e de pequenos agricultores.
Na Domingos Moeda, o projeto em articulação com 11ª CRE, atende 26 alunos do Assentamento Todos os Santos - Água Branca/Al.
  • Estatística                                                            

O programa está centrado nos jovens camponeses de 18 a 29 anos. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2006 (PNAD) aponta para um total de 6.276.104 jovens nesta faixa etária vivem nas áreas rurais. Desses, 1.641.940 jovens não concluíram o primeiro segmento do ensino fundamental, representando 26,16% do total e 3.878.757, (61,80%) não concluíram a segunda etapa do ensino fundamental. Para enfrentar esses índices alarmantes de exclusão educacional, o programa vai atender em 2008 uma parcela de 35 mil jovens agricultores familiares em parceria com 21 estados, municípios e movimentos sociais de todas as regiões do país e pretende atingir 275.000 jovens agricultores até 2011.